Brusque

Sintrivest dá início à Campanha Salarial 2021/2022

Assembleia reuniu trabalhadores e trabalhadoras para discussão e aprovação do rol de reivindicações que será encaminhado ao sindicato patronal nos próximos dias
por Ideia Comunicação 21/07/2021 às 18:01 Atualizado em 21/07/2021 às 18:14
Imagem: Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest) reuniu trabalhadores e trabalhadoras da categoria na manhã e final da tarde de terça-feira, 20 de julho, em Assembleia Geral Extraordinária, que deu início à Campanha Salarial 2021/2022. Na oportunidade, a presidente do Sintrivest, Marli Leandro, fez uma explanação a respeito das propostas de novas cláusulas que serão negociadas este ano, junto ao sindicato patronal, a fim de garantir melhorias aos profissionais do setor.

Segundo Marli, a prioridade do Sintrivest na negociação é garantir a renovação de todas as cláusulas já existentes na Convenção Coletiva de Trabalho e avançar em novas cláusulas e para isso foi aprovada uma gama de novas reivindicações. “A cada ano nós colocamos novos pontos a serem negociados, que visam melhorias para a categoria. Nesta assembleia, aprovamos, entre as reivindicações, a proposta de um piso salarial de R$ 1.600. Também queremos negociar um percentual de aumento real, além do índice de inflação. Entendemos que a inflação é somente reposição das perdas para o trabalhador, que teve  seu poder de compra reduzido e que agora é o momento de haver esta reposição, mas precisamos também avançar no aumento real”, explica.

A negociação salarial entre Sintrivest e sindicato patronal gira em torno, todos os anos, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, acumulado dos últimos 12 meses. É um dos índices que mede a inflação no país, junto com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ambos medidos pelo IBGE. Além do INPC, o Sintrivest pretende negociar um percentual de aumento real aos profissionais da categoria, por entender que a Campanha Salarial é o momento de as empresas demonstrarem seu reconhecimento aos trabalhadores e trabalhadoras. “O que a gente espera é a reposição das perdas e que as empresas possam dar aumento real de salário. O que viemos acompanhando e sentindo do setor, é que ele está crescendo, está contratando, está produzindo, faturando e isto é sinal de que está aquecido. Diante disso, nossa expectativa é termos êxito nas negociações. Os últimos anos foram difíceis por conta de toda a situação, mas a gente espera que consigamos avanços àqueles que diariamente estão nas empresas, produzindo uma gama de produtos”, ressalta.

 

PPR e Auxílios

Entre as cláusulas que serão encaminhadas para negociação, está a que determina a Participação nos Lucros e Resultados, como também os reajustes dos auxílios creche e farmácia, este último com a ampliação de incluir como dependentes os filhos até 14 anos. 

Outra cláusula se refere a uma contrapartida por parte das empresas, ao sindicato, a fim de ser aplicada na ampliação dos benefícios sociais aos trabalhadores e trabalhadoras (atendimentos em saúde e odontologia), como também em um programa de qualificação profissional. “Muitas empresas têm vagas de emprego e não conseguem contratar porque falta mão de obra qualificada, então é o momento de fazermos essa discussão também com o sindicato patronal, para que as empresas possam investir conosco nesta questão. Ganha o trabalhador o conhecimento e ganha a empresa em contratá-lo”, analisa Marli.

O rol de reivindicações foi aprovado por unanimidade entre os trabalhadores presentes na assembleia e deve ser encaminhado ao Sindicato Patronal da Indústria do Vestuário de Brusque e Região (Sindivest) nos próximos dias. “Esperamos que no início de agosto possamos começar as negociações com o sindicato patronal, com o objetivo de finalizarmos a Campanha Salarial até a nossa data-base, que é primeiro de setembro”, complementa a presidente do Sintrivest.

 

Contribuição confederativa

Outro assunto trazido à assembleia foi a cobrança da Contribuição Confederativa. Segundo Marli Leandro, a exemplo de 2020 o sindicato não recolherá a contribuição dos trabalhadores e trabalhadoras, porém, passará a cobrar uma taxa de serviços dos profissionais do setor não filiados ao Sintrivest, sempre que necessitarem do sindicato. “No ano passado não cobramos e este ano colocamos como ponto de pauta este debate, mas novamente nossa proposta foi de não cobrarmos. Por mais que seja uma contribuição importante para a entidade sindical, já que utilizamos este recurso para ampliar benefícios aos trabalhadores, decidimos novamente pela não cobrança em 2021. Ao mesmo tempo, queremos valorizar nossos associados e associadas, os trabalhadores que realmente acreditam na força que o sindicato têm, que confiam no trabalho que aqui é realizado. Diante disso, vamos continuar atendendo os não filiados para informações, problemas de pagamento, cobrança de cálculos de rescisões erradas, falta de registro na CTPS, o não cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho entre outras questões que corriqueiramente aparecem no sindicato, mas cobraremos uma taxa sempre que eles necessitarem de nossos serviços”, informa.

Assuntos: Comunidade

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