Judô Comunitário

Projeto da Unimed Brusque encerra mais um ano de atividades no Ribeirão Tavares

Programa é desenvolvido desde 2005 e em 2019 atendeu 30 crianças e adolescentes, de três a quinze anos
por Assessoria de Imprensa Ideia Comunicação 04/12/2019 às 06:56 Atualizado em 04/12/2019 às 07:02
Juliane Ferreira/Ideia Comunicação

Quando chega terça e quinta-feira à noite, é momento de levar toda a adrenalina de um dia cheio de brincadeiras e estudos para o tatame. O destino é um espaço dentro da Associação de Moradores do Ribeirão Tavares, no bairro Limeira, reservado para uma modalidade que aguarda a chegada das cerca de 30 crianças e adolescentes do Projeto Judô Comunitário, promovido pela Unimed Brusque, todas as terças e quintas-feiras, das 18h às 19h30.

O Programa Esporte Comunitário na modalidade de Judô, projeto social da Unimed Brusque, encerrou mais um ano, cheio de boas recordações para as crianças e ao Sensei. No encerramento das aulas, realizado na última sexta-feira, 29 de novembro, a Cooperativa preparou um momento especial, com lanche e presentes para cada um. Para estimular a leitura, nas últimas três edições as crianças têm sido presenteadas com um livro, que a Unimed faz questão de selecionar um a um, de acordo com a faixa etária e preferência de quem irá receber.

O projeto

O Projeto Judô Comunitário iniciou em 2005 como apoio a uma ação realizada pela Prefeitura de Brusque na época, que, com o passar do tempo, teve maior incentivo da Cooperativa, que o mantém até hoje. Além de ser responsável pelos quimonos e faixas, a Unimed Brusque passou a viabilizar o investimento com o professor e as despesas de manutenção do projeto, bem como realizou melhorias na parte estrutural onde o mesmo é realizado. Anualmente, recebe entre 30 e 35 crianças. As aulas são realizadas na Associação de Moradores do Ribeirão Tavares, situada no Salão da Igreja da comunidade. Em 2019, o projeto atendeu trinta crianças e adolescentes, de três a quinze anos.

Responsabilidade Social

De acordo com assistente social da Unimed Brusque e coordenadora do programa desde 2006, Camile Rebeca Bruns, as crianças que praticam as aulas são moradoras da mesma região onde o projeto acontece. "A proposta é manter o espaço no bairro para incentivar as crianças à prática do esporte e, também, de aprender lições para a vida toda sobre as regras do judô e o quanto que o esporte vai ajudar na questão de respeito ao próximo", destaca.

O trabalho desenvolvido na comunidade tem apontado grandes resultados ao longo dos anos, com relatos de pais sobre a mudança de comportamento dos filhos e o quanto a atividade influencia na realidade das crianças até mesmo dentro de casa. “Para a Unimed Brusque é extremamente gratificante, por isso sempre mantemos esse projeto. Anualmente fazemos o exame de troca de faixa com as crianças, estimulando elas para que, de fato, vão acompanhando e se aprimorando nessa atividade esportiva do judô", destaca Camile. O projeto faz parte da área de responsabilidade social da Unimed Brusque, que retorna para a comunidade o investimento feito na Cooperativa. "Atendemos um dos princípios da Unimed que é o interesse pela comunidade onde ela está inserida e, para nós, é sempre importante a manutenção de projetos deste tipo", explica a assistente social.

O professor Odirley da Silva Simas é o Sensei do projeto desde o início. Conforme relata, os pequenos participam de todo o processo que manda a tradição de quem pratica o judô. "Eles iniciam com a faixa branca, depois passam para a cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom, até chegar à preta. Só que, para isso, eles precisam prestar um exame de faixa para uma banca, tem que ir bem na escola, trazer boletim e apresentar as notas para vermos como está o comportamento deles no colégio e também conversamos com os pais. Eles não só apresentam as técnicas, mas, também, a disciplina e o bom comportamento, tanto na escola quanto em casa", explica o professor. "Não procuramos só campeões na modalidade, mas campeões na vida. Muitos não têm essa oportunidade, como eu não tive quando era criança. Quis trazer isso para eles, passar essa informação, conhecimento e disciplina a mais que eles têm na escola, em casa e aqui no judô", revela.

Crescer no projeto

Assim como os anos, que passam e fortalecem o relacionamento entre as crianças, muitos pequenos adquirem no judô o seu desenvolvimento pessoal e a formação de caráter e comportamento. Conforme dados da Unimed Brusque, cerca de 40% dos alunos permanecem no projeto de um ano para o outro.

O tatame, palco de técnicas de defesa pessoal, é o mesmo que estimula o fortalecimento de amizades. Amizades que nasceram despretensiosas, mas que fazem todo sentido na vida de Abner Pavanati Mariano, de 15 anos, aluno do projeto desde os cinco anos de idade. "Acho que todos os meus amigos conheci aqui no judô. Não sou muito bom para fazer amigos, mas aqui no judô posso me soltar mais, porque, geralmente, no colégio sou bem fechado, não tenho muitos amigos lá. Aqui no judô posso brincar, jogar no chão, lutar com meus amigos. Aqui posso ser eu de verdade", diz.

O primeiro fato que mudou na vida do adolescente após as aulas, foi o comportamento, destacado por ele próprio como uma grande evolução. "Eu era bem rebelde e bagunceiro em casa, com minha mãe. Quando comecei a fazer judô me acalmei, talvez porque gasto energia aqui" conta o aluno. Os princípios que regem a arte marcial são levados ao pé da letra por Abner. "Primeiramente tem que ter respeito. Sempre tem que ter respeito com o Sensei e isso aprendi a levar para fora do judô também. Passei a respeitar muito mais minha mãe e meu pai", orgulha-se.

O pequeno David Pavanati Mariano, de apenas três anos, viu no irmão Abner a inspiração para também praticar judô. No início deste ano, ele passou a ir junto para as aulas, conforme destacado pelos pais, Rosemeri Pavanati e Agenor Mariani, que fazem questão de participar destes momentos dos filhos. "O Abner se encaixou melhor no esporte depois que o colocamos no judô. Melhorou o desenvolvimento e a educação dele. Vendo o irmão, o menor quis vir também e o inscrevemos", destaca a mãe.

Inspirado por uma amiga que praticava judô, Marlon Constantino tinha cinco anos quando começou a treinar. Hoje, aos 11, é apreciador dos treinos normais e destaca o que é importante para ele na modalidade. "A gente fica em forma e ainda é uma autodefesa. Eu gosto dos treinos normais, fazer 50 de cada golpe de mais habilidade. Ano que vem estou aqui de novo", garante. Sobre o que sente quando veste o quimono, responde sorrindo com os olhos: "Fico muito confiante".

Critérios para participar

Para participar do Programa Esporte Comunidade da Unimed Brusque é preciso que a criança esteja estudando, tenha bom desempenho em sala de aula, representado pela média escolar. As aulas de judô retornam em meados de março de 2020 e encerram no final do mês de novembro, com aulas nas terças e quintas, das 18h às 19h30, no período noturno. 

Imagem: Juliane Ferreira/Ideia Comunicação

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