Gabigol, atacante do Flamengo, foi suspenso por dois anos por tentativa de fraude em um exame antidoping. O julgamento pela Justiça Desportiva Antidopagem terminou nesta segunda-feira (25), e o placar de 5 a 4 decidiu a penalidade. Com isso, o jogador fica impossibilitado de atuar por qualquer clube, seleção ou competição neste período. A decisão cabe recurso.

O jogador foi acusado por infringir o artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere à “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”. O código prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.

Gabigol foi acusado de dificultar a realização de um exame antidoping realizado em 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu. O procedimento surpresa é costumeiro de ser realizado em CTs pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).

A denúncia foi feita no fim de dezembro do mesmo ano. De acordo com um dos relatos, Gabigol demorou para fazer o exame, que foi cumprido por todos os jogadores antes do treino das 10h, menos o acusado.

O jogador não se dirigiu aos responsáveis do exame antes do treino, de acordo com a equipe que realiza o serviço no Flamengo. Segundo eles, Gabigol os ignorou e foi almoçar depois da atividade.

Relatos dão conta que Gabigol desrespeitou a equipe responsável pelo exame antidoping, não seguiu os procedimentos indicados, pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém e se irritou quando o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta. Por fim, entregou o vaso aberto, desrespeitando a orientação.

Apesar de o atacante ter realizado o exame, que deu resultado negativo, a atitude se encaixa como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”. Uma das alegações da defesa do jogador é que ele realizou o exame de sangue, mais efetivo.