Não deu para o Bruscão. Na grande final do Campeonato Catarinense de 2020, a equipe não conseguiu reverter a vantagem da Chape e acabou com o vice-campeonato na competição.

Depois de perder por 2 a 0 no Oeste, neste domingo, no Gigantinho, o voltou a ser superado pelo alviverde e amargou, em casa, o vice-campeonato da competição.

De quebra o time ainda perdeu uma invencibilidade este ano no Catarinense. O técnico Jersinho ainda viu ruir sua invencibilidade de 17 jogos no Gigantinho desde que assumiu o Bruscão. Este foi o sétimo título da Chapecoense, na quinta final consecutiva da equipe.

O jogo
O Brusque entrou na grande decisão pressionado a reverter a vantagem de 2 a 0 da Chape e com duas mudanças em relação a equipe que perdeu no Oeste. Na lateral, entrou Edilson no lugar de João Carlos, e no ataque Johnny na vaga de Marco Antonio, suspenso.

Logo no início da partida, a equipe foi pra cima. Johnny escorou e Thiago Alagoano chegou dividindo com goleiro e quase mandou para as redes aos 5 minutos.

A Chape dava as laterais para o Brusque e explorava os contragolpes. Inteligente, o Verdão permitia os cruzamentos de Edilson e Airton, e se segurava com os grandalhões Joilson e Luiz Otávio. Era o Brusque caindo, novamente, na mesma armadilha do jogo anterior.

O alviverde ainda explorava o contragolpe, sempre buscando Anselmo Ramon. Aos 20, ele tocou entre Éverton Alemão e Ianson e Paulinho Mocellin quase marcou.

Aos 22, no único chute do Brusque na etapa inicial, Zé Mateus bateu de fora da área, a bola desviou e raspou a trave. Mas foi a Chape que voltou a levar perigo antes do fim do primeiro tempo.

Aos 42 Éverton Alemão errou passe na defesa, Paulinho Mocellin recebeu na esquerda e bateu fraco. Zé Carlos mandou para escanteio pressionado por Anselmo Ramon.

Etapa final
Se no primeiro tempo o Brusque foi melhor, mesmo a Chape sendo mais objetiva, no segundo a Chapecoense deu um verdadeiro nó tático no Brusque e dominou totalmente a partida. Com o Brusque seguindo com os mesmos erros e sem criar nada de diferente além de rodar a bola sem objetividade e os cruzamentos já manjados na área, a Chape se sentiu à vontade.

Tocando a bola de pé em pé e controlando o jogo, o time alviverde passou a sentir cada vez mais perto a chance de vencer a partida. Logo aos 2, Paulinho Mocellin perdeu gol incrível, completamente livre. Pouco depois Ailon apareceu com perigo, Éverton Alemão salvou antes do arremate. O Brusque tinha a posse, mas era somente a Chape que criava.

Aos 19, Ailon foi travado na hora de outro chute perigo. Aos 22, Wilian mandou uma pancada do meio da rua na trave. A Chape chegava como queria. Vendo o time ser dominado e precisando buscar o gol, a opção de Jersinho foi mexer na frente, com a entrada de Dandan no lugar de Johnny. O jogador até fez uma fumaça no jogo, mas era muito pouco para um time que precisava buscar dois gols.

Aos 22, Thiago Alagoano finalizou da pequena área e obrigou João Ricardo a fazer a primeira grande defesa no jogo. Mas foi a Chapecoense mesmo que chegou ao gol que já era desenhado. Aos 24, Anselmo Ramon completou livre na segunda trave para fazer o gol do título da Chape.

Após o gol, Jersinho ainda colocou em equipe Emerson Martins, Baianinho e Ronan. O Brusque foi para o desespero, mas seguiu praticamente sem criar chances de buscar um resultado melhor. A Chape cozinhou o jogo e comemorou mais um título da competição.

A campanha jogo a jogo
1ª fase
Marcílio Dias 1x0 Brusque
Brusque 5x4 Joinville
Avaí 0x1 Brusque
Chapecoense 0x1 Avaí
Brusque 1x1 Tubarão
Brusque 1x0 Juventus
Criciúma 1x3 Brusque
Brusque 1x1 Concórdia
Figueirense 1x0 Brusque

Quartas de final
Joinville 0x1 Brusque
Brusque 2x1 Joinville

Semifinais
Juventus 2x3 Brusque
Brusque 0x0 Juventus

Finais
Chapecoense 2x0 Brusque
Brusque 0 x 1 Chapecoense

Os números
15 jogos
8 vitórias
3 empates
4 derrotas

Gols pró
19

Gols contra
15

Saldo de 4