VÍDEO: Governo de SC nega principal reivindicação e anuncia desconto para professores em greve
Para manter as aulas no período de greve, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou neste domingo, dia 28, que fará a contratação de professores temporários. Em vídeo publicado nas redes sociais (assista abaixo) Mello agradeceu a grande maioria dos professores que não aderiram à greve, que iniciou no dia 23 deste mês.
De acordo com o governador, com base nos portais de transparência de cada estado, SC paga a maior média salarial da região Sul aos profissionais da educação.
Ainda conforme Jorginho, o vale alimentação teve aumento de mais de 100% e houve revisão que aumentou o valor que os aposentados recebem.
Uma das metas, segundo o governo, é realizar, até junho, um novo concurso público para contratação de 10 mil novos profissionais na área da educação. Outro ponto a ser estudado é a criação de um horário remunerado fora da sala de aula para que professores possam planejar conteúdos e provas.
Ainda de acordo com Jorginho Mello, “uma minoria ligada a sindicatos prefere colocar lenha na fogueira e iniciar uma greve descabida”. Um dos pontos reivindicados que, segundo o governador, é inviável no momento, é a descompactação da folha, que custaria R$ 4,6 bilhões aos cofres públicos.
Além da contratação de professores temporários, o governador solicitou que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas.
Sindicato
Após a publicação de Jorginho, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte-SC) se manifestou por meio de uma nota. Eles dizem que tentam negociar com o governo há mais de um ano e lamentam não terem nenhuma proposta.
Veja a nota completa:
“Na noite deste domingo, 28, o Governador Jorginho Mello veio a público e falou com a categoria, diretamente, pela primeira vez desde o início da greve. Estamos tentando negociar há mais de um ano e lamentamos a escolha do governo em não apresentar nenhuma proposta, além de usar o momento para desinformar a sociedade. Os trabalhadores e trabalhadoras da educação não merecem o tom de ameaça. Não é uma briga entre sindicato e governo do estado, são pais e mães de família que precisam ser valorizados. Dia 30 de abril, vamos realizar um ato histórico em Florianópolis. Mobilizem seus colegas, paralisem as atividades e venham lutar pelo magistério catarinense”.
VÍDEO: